A indústria global de semicondutores, espinha dorsal da tecnologia moderna, encontra-se sob ameaça direta de **ciberataques coordenados**. Relatórios recentes da empresa de segurança cibernética Proofpoint revelam que **hackers ligados à China** têm sistematicamente mirado a **indústria de semicondutores de Taiwan**, intensificando a já complexa **guerra dos chips** geopolítica. Estes ataques, que ocorreram entre março e junho de 2025 e com algumas operações ainda em andamento, são atribuídos a sofisticados grupos de **espionagem cibernética** chineses.
A Proofpoint identificou pelo menos três novos grupos alinhados com a China – UNK_FistBump, UNK_DropPitch e UNK_SparkyCarp – além de um quarto grupo, UNK_ColtCentury (também conhecido como TAG-100 ou Storm-2077). Este último, por exemplo, buscou estabelecer confiança com seus alvos antes de implantar um trojan de acesso remoto (RAT) chamado Spark. Compreender a dimensão e as táticas desses **ciberataques** é crucial para a segurança tecnológica global e para o futuro da **produção de chips**.
Analistas de segurança cibernética e geopolítica acreditam que esses ataques fazem parte de uma estratégia de longo prazo de Pequim para alcançar a **autossuficiência em semicondutores**. Essa ambiciosa medida é impulsionada não apenas pelas restrições de exportação impostas pelos EUA, mas também pelo domínio inquestionável de Taiwan na fabricação de **chips avançados**. Os hackers concentraram seus esforços em organizações envolvidas no design, fabricação, testes e cadeias de suprimentos de semicondutores.
Adicionalmente, analistas de investimentos que monitoram o setor de **semicondutores de Taiwan** também foram alvos, visando insights financeiros e estratégicos. A Proofpoint estima que entre 15 e 20 organizações foram afetadas, abrangendo desde empresas de médio porte até grandes corporações globais, incluindo analistas de pelo menos um banco internacional com sede nos EUA. As principais fabricantes de chips de Taiwan, como TSMC, MediaTek, UMC, Nanya e RealTek, optaram por não comentar publicamente sobre os incidentes, mantendo em sigilo quais teriam sido invadidas com sucesso. Contudo, a motivação principal por trás desses ataques foi claramente a **espionagem cibernética**, buscando informações críticas e propriedade intelectual sobre a **produção de chips**.
A sofisticação e a diversidade das **táticas de ciberataque** empregadas pelos grupos ligados à China revelam um planejamento meticuloso e recursos avançados. Cada grupo utilizou abordagens distintas para infiltrar seus alvos na **indústria de chips de Taiwan**:
O grupo UNK_FistBump lançou ataques de spear-phishing a partir de contas de e-mail comprometidas de universidades taiwanesas. Eles se passavam por candidatos a emprego e anexavam arquivos maliciosos, disfarçados de currículos em PDF. Se abertos, esses arquivos desencadeavam a implantação de beacons Cobalt Strike ou um backdoor personalizado baseado em C, conhecido como Voldemort. Este malware já foi associado a ataques em mais de 70 organizações globalmente, demonstrando a gravidade da ameaça.
Por outro lado, o grupo UNK_DropPitch mirou analistas financeiros de grandes empresas de investimento. Nesse caso, os hackers se faziam passar por funcionários de uma falsa empresa de investimentos, fornecendo links PDF maliciosos que baixavam arquivos ZIP contendo payloads baseados em DLL. Uma vez executados, esses arquivos DLL maliciosos instalavam o backdoor HealthKick ou estabeleciam uma conexão reversa com servidores controlados pelos invasores, revelando um interesse em dados financeiros e estratégicos do setor de **semicondutores**.
Já o grupo UNK_SparkyCarp empregou uma tática mais clássica, mas ainda eficaz: o envio de e-mails falsos de segurança de contas, direcionando as vítimas a sites de phishing como accshieldportal[.]com. Este é, de fato, um truque antigo e amplamente utilizado, com os hackers utilizando uma ferramenta personalizada para interceptar e roubar credenciais de login. Todas essas táticas demonstram a complexidade e a diversidade das **ameaças cibernéticas** enfrentadas pela **cadeia de suprimentos de semicondutores**.
A TeamT5, uma renomada empresa taiwanesa de **segurança cibernética**, reportou um aumento significativo nas **ameaças por e-mail** direcionadas à **indústria de semicondutores de Taiwan**. É importante notar que os invasores frequentemente exploram defesas mais fracas em fornecedores menores e setores relacionados, visando a cadeia de suprimentos como um todo. Em junho, por exemplo, o grupo Amoeba, também ligado à China, conduziu uma campanha de phishing contra uma empresa química fundamental para a **cadeia de suprimentos de semicondutores**. Essa estratégia de atacar setores secundários evidencia um esforço abrangente para comprometer toda a cadeia de produção e obter vantagem na **guerra dos chips**.
Portanto, o escopo e a escala dessas campanhas ressaltam a crescente **tensão geopolítica** em torno do domínio de **Taiwan no mercado de semicondutores**, um dos epicentros da **guerra dos chips** global. Entidades que antes não estavam no radar dos hackers agora são alvos preferenciais. Em fevereiro, a China acusou Taiwan de favorecer os EUA. Posteriormente, em abril, os EUA sugeriram que Taiwan criasse servidores de suas empresas no México, o que reflete a pressão sobre o setor.
As sanções americanas à China, como a que causou um prejuízo bilionário à NVIDIA, também contribuem para o aumento das tensões. Contudo, nem tudo são vitórias americanas e acusações contra a China. As sanções dos EUA, por exemplo, ajudaram a acelerar o mercado de semicondutores na China. Ainda assim, a situação de tensão é clara, com a China afirmando que retaliaria Taiwan por colocar a Huawei em uma lista proibida. Tudo isso sublinha a complexidade da geopolítica da tecnologia e a importância da **segurança da cadeia de suprimentos**.
Diante dos relatos e das investigações, a embaixada da China em Washington se manifestou, reiterando que os **ataques cibernéticos** são um problema global. Dessa forma, a posição oficial do país foi expressa de forma enfática:
“a China se opõe firmemente e combate todas as formas de crime cibernético” afirmou um representante da embaixada.
Esta declaração ressalta a postura oficial da China em relação às acusações. A fonte dessas informações detalhadas sobre os ataques e as análises é a Proofpoint, uma renomada empresa global de cibersegurança, que continua a monitorar as **ameaças cibernéticas** no setor.
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